quinta-feira, 2 de junho de 2016

Dia 29 - La Bañeza - Astorga - 25km


Último dia de Via de la Plata...
Saímos eu e minha amiga alemã, as 7 horas para escapar do sol que já se faz sentir. Tudo lindo e maravilhoso!  Nada de dor. Sinais claros. Os bares e cafés ainda estavam fechados.



Andamos uns 4 km e o caminha ficou sem graça. .. plantação enorme de batatas quando de repente aparece do nada uma casa rural perdida. Entramos, lógico.  O lugar era lindoooooo!  E nos  serviram um café da manhã magnífico por 3€.



Inacreditável.  A via é assim. Um campo florido se transforma em um banhado fedorento. E uma plantação de batatas em um lugar super acolhedor com um big café da manhã. 



Atravessamos um lindo parque de mais ou menos 10 km sem problemas. Coisa linda! A Marlies resolveu dar um tempo em uma sombra e combinamos de nos encontrar no próximo pueblo 8km à frente.
 Me perdi!!! Cara... não acreditei. Não via mais sinais... putz! Continuei andando... Cheguei a um pueblo depois de 2 horas e perguntei onde estava. Estava longe. Resumo: andei 8 horas até chegar a Astorga.  Estava tão por fora da rota que só descobri que era Astorga quando estava dentro da cidade.


Ô viazinha difícil! Fui direto à Catedral.  Encontrei minha amiga e vamos nos despedir. Amanhã ela segue para Rabanal del Camiño e eu vou de bus para León.
A Via de la Plata foi uma montanha russa de emoções.  Um leque de situações inesperadas.  Exercício de paciência. Teste de resistência e isolamento.  Tive raiva do descaso com os sinais em várias situações que me tiraram do sério.
Escolho guardar as lindíssimas paisagens, as cidades romanas, os caminhos ensolarados, o estar sozinha nas tormentas e me sair bem, os inesquecíveis companheiros e os campos floridos. Mas, sabendo que o pântano fedorento existe. E é importante prestar atenção aos sinais.




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